Você já ouviu falar de “condromalácia patelar” ou “síndrome da dor anterior no joelho” ou até “joelho do corredor”? Todos esses são sinônimos para a mesma condição: dor patelofemoral. Se você já sentiu aquela dor anterior no joelho, ao redor ou atrás da patela, que piora ao se agachar ou pular, subir ou descer escadas, ou mesmo quando corre, sabe bem do que estou falando.
A dor patelofemoral não possui uma única causa específica, mas o aumento da prática de atividades físicas na população jovem e de média idade, as vezes em nível quase profissional, porém sem a orientação e preparo adequado que os profissionais possuem, pode estar relacionado a um aumento da prevalência dessa patologia.
O impacto na qualidade de vida do paciente é importante, ocorrendo diminuição da prática esportiva e das atividades físicas, o que pode levar a uma diminuição da força muscular com consequente aumento da dor, fechando um ciclo vicioso as vezes muito difícil de interromper sem auxílio médico e fisioterápico, e que pode culminar até mesmo com o abandono do esporte.
Quanto antes iniciar o tratamento, maiores são as chances de sucesso. A terapia mais eficaz envolve exercícios de fortalecimento combinados de joelho e quadril. Sabe-se, porém, que a associação de outras medidas como taping patelar e palmilhas para casos de pé plano, aumenta as chances de sucesso, com melhora da dor a curto, médio e longo prazo. Tratamentos cirúrgicos também podem ser propostos, mas apenas para raros casos de dor recalcitrante e sem resposta às terapias conservadoras.
A avaliação ortopédica detalhada, preferencialmente com o cirurgião especialista em joelho, é fundamental para diagnóstico e tratamento adequados. Fatores de risco para artrose patelofemoral são frequentemente encontrados em pacientes com dor patelofemoral, principalmente diminuição da força do quadríceps e abdutores do quadril. A correção desses fatores é importante não apenas para melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente com dor, permitindo que ele volte à prática esportiva, mas também para evitar uma possível progressão para artros