A ruptura do tendão quadricipital é a mais comum e costuma ocorrer no paciente com mais de 40 anos de idade, comumente associada a comorbidades como Diabetes Mellitus, uso de corticóides, tabagismo, etilismo, insuficiência renal crônica ou uso de medicamentos tipo esteróides / anabolizantes. Rupturas parciais em que não ocorre perda da função do mecanismo extensor podem ser tratadas de forma conservadora, geralmente com o uso de imobilizadores do joelho em extensão (braces). Ruptura completas são tratadas de forma cirúrgica. O diagnóstico é clínico, quando se observa uma incapacidade de estender o joelho de forma ativa. Exames de imagem como radiografias e ressonância magnética podem auxiliar na definição do diagnóstico. A cirurgia é feita através de uma incisão anterior no joelho pela qual o tendão quadricipital é reinserido na patela através de túneis ósseos ou com uso de âncoras.
A ruptura do tendão patelar ocorre no paciente mais jovem e não está tão frequentemente associada a comorbidades. O mecanismo de lesão é semelhante ao da ruptura do tendão quadricipital, ou seja, uma contração excêntrica do quadríceps com o joelho fletido durante movimento de desaceleração. Ao exame clínico é comum observar a presença de patela alta. O tratamento cirúrgico é a regra e consiste em reinserção do tendão com túneis ósseos ou âncoras através de uma abordagem anterior ao joelho.